Um novo plano de mobilidade foi a principal contrapartida imposta pela submersão de quase 20 quilómetros da linha do Tua.
O
plano está pronto com barcos para navegar na nova albufeira, entre o
Tua e a Brunheda, e um novo comboio turístico, da responsabilidade do
empresário Mário Ferreira, para fazer os cerca de 30 quilómetros de
ferrovia que restaram entre a Brunheda e Mirandela.
A EDP entregou
10 milhões de euros ao operador turístico para dinamizar o projeto, com
um figurino que inclui também comboio para servir a mobilidade
quotidiana das populações ribeirinhas do Tua.
O arranque continua impedido pela indecisão das diferentes entidades envolvidas sobre quem assume a
responsabilidade da segurança da linha do Tua, como disse recentemente à
Lusa Fernando Barros, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional
do Vale do Tua.
A Agência entende que “o proprietário da
infraestrutura continua a ser a empresa Infraestruturas de Portugal
(IP)” e que “deve ser responsável pela superstrutura da linha, ou seja,
por viadutos, pelos taludes, pelos túneis, pela segurança dessas grandes
infraestruturas”.
Relativamente à linha propriamente dita e à
plataforma, “terá de ser o operador a manter operacional”, defende o
presidente da agência, à qual foi concessionada a linha e que
subconcessionou todo o projeto de mobilidade ao operador turístico.
Falta
o acordo para criar as condições de logísticas e ultrapassar o impasse
burocrático atribuído a um novo modelo que junta entidades públicas e
privadas e nunca antes experimentado em Portugal, segundo os
responsáveis.
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/barragem-do-tua-esta-concluida-e-comecou-a-produzir-energia-em-modo-experimental