O Plano de Mobilidade do Tua é uma
fantasia porque não tem qualquer viabilidade económica. É a opinião de
Joanaz de Melo, da Plataforma “Salvar o Tua”, que não acredita que possa
haver financiamento comunitário para um projeto que não terá
rentabilidade.
O ambientalista diz mesmo que o plano de
mobilidade não cumpre o principal requisito inscrito na declaração de
Impacte ambiental que viabilizou a construção da barragem do Tua.
Joanaz de Melo diz que a Plataforma
“Salvar o Tua” já enviou às entidades competentes os argumentos, com
números, a provar que o Plano de Mobilidade não é viável, mas nunca
obtiveram resposta
Para Joanaz de Melo, a recuperação da
mobilidade ferroviária no Tua, só será viável se for parada a construção
da barragem e reposta a circulação ferroviária, mas na vertente
quotidiana e turística.
Recorde-se que o Plano de mobilidade é
uma obrigação imposta pela Declaração de Impacte Ambiental que aprovou a
construção da barragem com condicionantes, nomeadamente uma alternativa
à linha do Tua que foi desativada e que vai ficar submersa em 16 dos
cerca de 60 quilómetros de extensão.
A EDP e a Agência de Desenvolvimento
Regional do Vale do Tua acordaram elaborar um plano em que a solução
passa por uma ligação rodoviária entre o Tua e o cais da barragem, numa
extensão de 2 quilómetros. Mais 19 quilómetros a percorrer de barco,
entre o cais da barragem e Brunheda. Finalmente, os restantes 39
quilómetros serão percorridos em comboio, mas para tal terá de haver um
investimento na consolidação da linha.
O custo estimado é de 40 milhões de
euros, sendo que a EDP garante 10 milhões. A Agência vai candidatar o
projeto ao próximo quadro comunitário de apoio, para tentar assegurar os
restantes 30 milhões.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)
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